domingo, 19 de junho de 2016


CASA DOS CONDES DE VILA REAL


Mesmo ao fundo da Rua Jorge Colaço, ali à Avenida do Brasil, encontramos as ruínas da entrada para o que terá sido, em tempos, a Casa dos Condes de Vila Real.


Logo à entrada, como que a dar-nos as boas-vindas a este espaço que outrora foi nobre, encontramos, à direita, um armazém de materiais de construção.

Alguns passos adiante, a casa principal, de fachada neoclássica, encontra-se em ruínas, inabitável, com as janelas entaipadas em cimento a fim de impedir a entrada de toxicodependentes e de outros "inquilinos" ocasionais.
Consta que, há coisa de uns quinze anos,
terão ali ateado um incêndio que terá deixado o edifício inabitável, e neste lindo estado!...
... e, claro está, nunca mais pensaram nele, desde então.


Ao que parece, a casa pertencerá, ainda, a descendentes do proprietário original, talvez o primeiro conde, Dom José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, que a terá mandado edificar em princípios do século XIX, ostentando a fachada ainda o brasão dos seus mais diretos descendentes.


Diz-se, também, na zona que ali terá, há uma meia dúzia de décadas, funcionado uma emissora de radiodifusão, mas não consegui confirmar se é exata a informação.



À volta do palacete...  baldios, um espaço degradado e miserável.
Só pneus velhos, lixo, desolação...

Um edifício adjacente - menos degradado e ainda com telhado - encontra-se, ao que dizem, habitado por "ucranianos", embora a porta de acesso ao primeiro piso, pelas traseiras se encontre fechada a cadeado, sugerindo que o imóvel se encontra abandonado.

Ambos os imóveis fazem parte da Quinta do Alto (que também já vi referida como Quinta de Vila Real), hoje um aglomerado de barracões onde funcionam, maioritariamente, armazéns de materiais de construção e oficinas de reparação automóvel.

- - -~

Da eventual recuperação da propriedade, parece que ainda ninguém por ali ouviu falar.

Diz-se que alguém da família da "condessa" por lá aparece de vez em quando,
mas nada de concreto me souberam ou quiseram adiantar.

Qual será o destino desta nobre casa?

Espera-se que caia?

Fica mesmo assim?

O que terá, sobre o assunto, a dizer a nossa Câmara Municipal?


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