Âmbito e Princípios


O Misérias de Lisboa é um blogue individual, moderado, onde todas as opiniões convergentes ou divergentes sobre qualquer página ou mensagem podem ser expressas pelos leitores como comentário, não censurado e da responsabilidade exclusiva do respetivo autor.

Não se trata de um trabalho de investigação jornalística, mas, essencialmente, de uma recolha pontual de imagens fotográficas para memória futura.

Assim, os pequenos textos de enquadramento destinam-se, unicamente, a acompanhar a apresentação das imagens, mais não exprimindo eles do que a mera opinião do autor, formada a partir da observação direta, da troca de impressões com pessoas nos próprios locais, ou da leitura de outros sites ou blogues, todos eles referidos, entre outros, no fim de cada texto que neles se baseie.  Outras fontes eventualmente utilizadas serão, expressamente, indicadas com chamadas nos textos.

Não é um blogue feito à pressão, para publicar muitos textos e estar sempre em cima do acontecimento.

É um blogue tranquilo, feito com tempo.

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Dada a existência, em Lisboa, de milhares de edifícios devolutos, de outras estruturas devolutas e, também, de baldios e seus tapumes, apenas são objeto deste trabalho os casos considerados especialmente relevantes, seja pela dimensão, seja pela gravidade, seja pela concentração em determinada zona da Cidade, seja, ainda, pela demora na execução da recuperação ou da reedificação, ou pela duração do impasse.

São, também, genericamente objeto do blogue todas as situações de espaços públicos manifestamente abandonados, degradados ou deteriorados.

No caso de edifícios, apenas serão referidos os evidentemente devolutos ou quase devolutos, excetuando-se, expressamente, os maioritariamente ocupados, embora em mau estado de conservação.  Afigura-se compreensível que várias décadas de rendas congeladas tenham, de facto, impossibilitado muitos proprietários de manter os seus imóveis nas condições que, eventualmente, desejariam.

Nos levantamentos por zona, e exceto nos casos de evidente impossibilidade - como, por exemplo, o da Avenida Infante Dom Henrique -, cada artéria é, em princípio, incluída num único levantamento, mais especificamente no da zona pela qual a maior parte da artéria é abrangida.

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A análise e o comentário sobre políticas passadas, presentes ou anunciadas não são objeto deste trabalho, mas unicamente os resultados que produziram, independentemente de quais elas tenham sido e de quem as tenha implementado, modificado ou suprimido.

Parte-se, simplesmente, do princípio de que, se os resultados não foram os melhores, as melhores não foram as políticas também;  e de que, por aparente ou potencialmente melhores que sejam as medidas em dado momento anunciadas ou as ações por fim empreendidas, de pouco ou de nenhum mérito se revestem quando não passam da mera concretização serôdia, até extemporânea, daquilo que já não pode, mesmo, deixar de se fazer.

O mérito, o mérito verdadeiro, teria residido na tomada de medidas atempadas, preventivas, ponderadas, que não deixassem a Cidade chegar ao estado em que hoje, diariamente, temos de a ver.

Tal não implica, naturalmente, que, apercebendo-me, aqui e ali, de evoluções - desejavelmente para melhor - que possam ocorrer relativamente às situações descritas, as não refira em comentário ao artigo documental a estas atinente.

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Sendo o Misérias de Lisboa apenas um levantamento fotográfico para memória futura, não serão consideradas ou referidas as eventuais evoluções das situações descritas e documentadas.

Salvo indicação expressa em contrário na própria imagem ou no texto que a enquadra, todas as fotos são originais e foram obtidas nos dois meses imediatamente anteriores à data da publicação da mensagem.

Em qualquer caso, será, sempre, cuidadosamente verificado se a situação documentada nas imagens se mantém na data precisa da publicação da mensagem que ilustram.

Se alguma alteração sensível se registar à data da publicação, serão, mesmo assim, as imagens utilizadas, embora sejam referidas no texto aquelas alterações.

A democracia, entre reconhecidos benefícios, trouxe consigo um inegável malefício:
a transferência do poder político para gente sem sombra de educação humanística
e sem o mais vago hábito de mandar fora da sua paróquia.
Vasco Pulido Valente, in ´A Queda do Império - O Independente, 1993.04.01, pág.2

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