Portugal é um país de contrastes.
Lisboa, também.
Vai para três anos, era este o estado dos edifícios ainda existentes no gaveto da Avenida Fontes Pereira de Melo com a Avenida 5 de Outubro.
Por alguma razão que vamos assumir como inteiramente legítima, deixou-se que as fachadas há décadas degradadas acabassem por se tornar irrecuperáveis, tendo sido demolidas há pouco tempo.
Eliminou-se, assim, o contraste, tendo nascido mais um belo baldio no terreno onde outrora se erguia o Edifício Compave.
E agora? O que vai acontecer aqui?
Bem, agora, vai construir-se o EDIFÍCIO FPM 41, promovido pela EDIFÍCIO 41 - Promoção Imobiliária e Hotelaria, S. A. e a edificar pelo consórcio MOTA-ENGIL/CASAIS, estando a conclusão da obra prevista para 12.07.2015 e, para a mesma data, a retirada do tapume.
Ora bem: hoje são 21.07.2015 e... A OBRA NEM COMEÇADA ESTÁ!
Não deixa de ser curioso que o número do processo seja o 3318/OTR/2015: ou o edifício não ia passar de uma casinha muito pequenina ou... como iriam construí-lo em menos de um ano?
Estranho, não é?...
Já agora: desde quando é que um prazo é definido... por uma data, e não por um período de tempo?
Já agora: desde quando é que um prazo é definido... por uma data, e não por um período de tempo?
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Descendo um pouco a Avenida, deparamos, do lado esquerdo, com os famosos graffiti premiados de Lisboa, utilizados, provavelmente pela Câmara, para, supostamente, tapar o Sol com a peneira.
Mas o Sol é, neste caso, o incrível, o degradante, o inaceitável espetáculo de um trio de edifícios arruinados e devolutos que - há que anos! - ornamenta uma das mais movimentadas artérias do centro de negócios da Capital, onde hotéis para executivos de passagem nascem como cogumelos, assim transformando a Fontes Pereira de Melo num dos principais cartões de visita de Lisboa.
E que cartão de visita!
Vistos de cima, são, simplesmente, ridículos!
Depois, qualquer um vê que aquilo não passa de uma tentativa tosca de, à boa maneira portuguesa, disfarçar o indisfarçável.
E basta contornar a esquina para nos deslumbrarmos com o que está por detrás!
Aqueles que, lá de fora, há anos ou décadas demandam Lisboa para realizar os seus negócios, e passam, regularmente, por aqui sabem bem para que servem os premiados graffiti.
Sabem, também, o que revela a tentativa de esconder... aquilo que lhes está por detrás.
Porque já não é possível disfarçar!
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Um pouco mais abaixo na Avenida, do lado direito, atrás do gradeamento que ainda lá está,
existiu uma antiga moradia familiar, entretanto - e por uma razão seguramente legítima -
deixada degradar a ponto de ter de ser demolida.
existiu uma antiga moradia familiar, entretanto - e por uma razão seguramente legítima -
deixada degradar a ponto de ter de ser demolida.
Hoje, vários anos após a moradia ter sido desocupada... mais um baldio no centro alfacinha.
Quousque tandem?
Por fim: o que escondem aquelas plantas entre os dois modernos edifícios?
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Um baldio!
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Esse edifício que foi agora demolido para construir o fpm41 já estava previsto ser demolido nos anos 60.
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