sábado, 15 de agosto de 2015


CIDADE UNIVERSITÁRIA


Quando nos falam em Cidade Universitária, pensamos, logo, em escolas superiores, investigação, espaços amplos, modernos edifícios, excelentes instalações desportivas.  E pensamos assim com muita razão, pois, na verdade, tudo isso por lá existe.


Mas... não só.

A propósito de instalações desportivas, vejamos o que se passa mesmo em frente ao imponente Complexo de Piscinas do Estádio Universitário, que anuncia fitness, saúde e bem-estar.


Nada menos do que as instalações do antigo Canil Municipal de Lisboa, abandonadas vai para duas décadas, e em progressiva ruína deste então.

Notem bem que se trata de uma estrutura municipal.  Por isso, não há aqui histórias de heranças complicadas, de processos judiciais ou de projetos de difícil aprovação.

Ao longo de décadas nada se fez, presumivelmente, por falta de vontade, porque "logo se vê" ou por qualquer outra ponderosa razão de idêntico jaez.



Entretanto, lá vai ficando aquela "coisa", abandonada, a cair aos bocados, à vista de quem a quiser e de quem a não quiser ver.

Terão classificado também aquilo?  Será por isso que tarda a demolição?

Vá-se lá saber...

Deixando para trás o Complexo Desportivo, e percorrendo o caminho ao lado dos campos de relva sintética por onde se vê diversos atletas de fim-de-semana a dar a sua corridinhos, encontramos, no meio de mais um baldio lisboeta, um tanque metálico abandonado, a céu aberto, aparentemente sem qualquer utilidade.
Não deve ter grande utilidade, a fazer fé no aspeto repugnante da água que lá está dentro, e das coisas  estranhas que por lá andam mergulhadas ou a boiar.
Se alguém se esqueceu daquilo ali, é favor tirar...

Após percorrer a Segunda Circular em direção ao Campo Grande, temos, logo após o recém-pintado-por-fora Museu de Lisboa, um pequeno baldio com uma quantidade de velha tralha científica que, aparentemente, era pena deitar fora, mas ninguém encontrou onde guardar.

Ainda tentei aprender alguma coisa, já que pensei, ingenuamente, que aquilo seria uma espécie de exposição, que os aparelhos estivessem minimamente identificados, alguma coisa.  Enfim, sempre estamos numa Cidade Universitária, não é?

Mas não.  Estão só para ali ao Sol e às intempéries, aparentemente apenas para disfarçar o baldio - mais um - adjacente ao edifício da Junta de Freguesia, que a ninguém deve ter ocorrido como melhor ocupar.

Próximo da Faculdade de Psicologia, nem a Rua Dr João Soares deixa de ter o seu baldio privativo e o seu prédio devoluto.

Só por piada, claro, diz um letreiro que, devido ao perigo de "queda de objectos", é obrigatório o uso de capacete de proteção, de botas de proteção e de colete de alta visibilidade.

Bem, só mesmo se estiverem a falar de granizo em dias de invernia, porque o baldio está para ali inerte há sei lá quanto tempo, e, ao que tudo indica, por "algum" tempo assim irá ainda ficar.


Por fim, o 37 da Rua Dr João Soares.

Devoluto, abandonado, selado.









Até tem, já, um pequeno e dourado "jardim" em cima, de há tanto tempo assim estar...









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2 comentários:

  1. Bom dia: pois eu estou nesse famoso laboratório que dá pelo nome de Laboratório de Arqueociências. E vou-lhe dar mais matéria para escrever sobre nós e a DGPC. Talvez nos ajude ... quem dera, como se diz em Portugal. Trabalhamos muito, fora de horas e nem sempre o fim-de-semana é para descansar. E é verdade que temos colecções fantásticas e únicas em território nacional. Aliás, há quem afirme..... da Península Ibérica. Pois o edifício é mau, não chega para as pessoas e temos sistematicamente problemas: estamos sobrelotados; debaixo de terra; o ar condicionado só funciona há cerca de um mês (não temos renovação de ar há pelo menos dois anos e relembro: estamos parcialmente debaixo de terra); andamos ora com borbulhas, ora com comichões, ora com alergias, ora com falta de ar, sem falar de que todos estamos com a vista cada vez pior!!!!! Trabalhamos o dia todo com luz artificial e, na segunda sala (só temos duas!!!!) uma janela minúscula posicionada lá em cima ao pé do tecto nem nos permite ver de quando em vez o sol. O espaço disponível nem sequer nos dá hipótese de dar uma pequena volta para endireitar o corpo. As paredes estão doentes por dentro: salitre e cheias de fungos (fará bem à saúde ...?) Há! Temos também problemas com esgotos, com as limpezas, com lixos acumulados dentro e fora....São estas as nossas condições. Mas garanto que damos o nosso melhor!!!!

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    Respostas
    1. Boa tarde
      Muito obrigado pelo seu comentário!
      No entanto, publicou-o no post relativo à Cidade Universitária, e não ao Palácio da Ajuda, onde falo do Laboratório.
      Posso pedir-lhe que repita, a fim de que mais facilmente os Leitores tomem conhecimento da realidade que descreve?

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