Afixei, há dias, um texto sobre a Avenida da República e suas transversais. Porém, a concentração de imóveis devolutos nesta zona justifica, plenamente, uma visita mais completa, que inclua a cobertura completa de toda a área.
Assim, o que se segue visa complementar a cobertura dessa mesma zona, agora no que diz respeito às paralelas (ou quase), começando, de Oeste para Leste.
Temos, assim, para começar, o 110 da Rua Marquês de Sá da Bandeira: tudo fechado, porta com cadeado.
Bem, e chegamos à Avenida 5 de Outubro que, apesar de ser a mais extensa, não se apresenta particularmente degradada ou abandonada, havendo, no entanto, alguns pontos que me parece adequado salientar, designadamente a inusitada concentração de baldios.
Assim, de Sul para Norte, temos, à mão direita, o 283, onde em tempos terá funcionado uma farmácia, além de uma residência estudantil.
O 209 é uma moradia que aparenta estar desocupada. No entanto, dado que o jardim se encontra em excelentes condições de conservação, abstenho-me de aqui incluir imagens do edifício.
Mas, logo ao lado, e próximo de um hotel, o baldio que a imagem documenta.
Ah, mas este tem projeto em fase de apreciação. O problema é que, ou a tinta com que se escreve nestes placards resiste pouco às intempéries... ou estes projetos demoram muito, na Cãmara, a ser aprovados.
De há quantos anos será este? Que destino terá levado?
O 36 da 5 de Outubro.
Em tempos mansão familiar, já aqui funcionou a Provedoria de Justiça.
Depois... fizeram-lhe aqueles acrescentos - vai, talvez, para uns bons dez anos - e... vazio ficou.
Diz-se que pertence, agora, a uma grande instituição bancária ibérica.
Diz-se, também, que, de longe a longe, alguém abre a porta e "areja" o interior.
Dir-se-ia que o imóvel original era o mal necessário para que se pudesse edificar no terreno circundante. Apenas isso.
Tiraram-lhe toda a dignidade...
O 149. Aliás, mais um baldio.
Sem projeto. Nada.
Mais um que ficou para ali...
O 36 da 5 de Outubro.
Em tempos mansão familiar, já aqui funcionou a Provedoria de Justiça.
Depois... fizeram-lhe aqueles acrescentos - vai, talvez, para uns bons dez anos - e... vazio ficou.
Diz-se que pertence, agora, a uma grande instituição bancária ibérica.
Diz-se, também, que, de longe a longe, alguém abre a porta e "areja" o interior.
Dir-se-ia que o imóvel original era o mal necessário para que se pudesse edificar no terreno circundante. Apenas isso.
Tiraram-lhe toda a dignidade...
Chegamos à minúscula Rua das Picoas.
Diz-se na zona que, neste terreno, já se demoliu e construiu por diversas vezes.
Agora, esta "coisa" destinar-se-ia a um condomínio de luxo.
O letreiro amarelo no portão desmente, porém: "PERIGO - Em Demolição".
Nenhum placard. Nenhuma outra informação.
Apenas, numa rua tão pequena, um enorme mono a mais.
Do outro lado da Avenida da República, os devolutos da Avenida Defensores de Chaves.
Logo ao virar do Campo Pequeno, o 97: sem edital, sem placard, sem o que quer que seja.
Há quanto tempo assim estará? E por quanto tempo assim irá, ainda, ficar?
Mais a Sul, o 37. Também sem edital ou placard de projeto.
Este, embora devoluto, nem parece muito mal, mesmo no interior que é possível fotografar através das grades da porta da rua.
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Não se poderá, mesmo, recuperar? Ou vai ficar a apodrecer, como tantos outros, até não haver remédio (ou até a Câmara acordar e dar com ele?).
Mesmo ao lado, o 37-A parece um armazém abandonado. Será?
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Vê-se, no interior, alguns materiais de construção.
Mas, sobretudo, entulho.
Resta, então falar do enorme bloco formado pelos números 5 a 9 da Defensores de Chaves.
À porta do 5, o Edital 2287/UCT/DPC/2014, de 02 de Dezembro, ameaça com as habituais (e vãs...) penalidades caso os proprietários não procedam às obras de conservação indicadas.
Na porta do 7, um placard descolorido, já com uns bons dois anos, dá conta de que o processo 855/EDL [ou EDI?]/2013 para "CONSTRUÇÃO/RECONSTRUÇÃO" se encontra, presumivelmente também desde há DOIS ANOS, "EM FASE DE APRECIAÇÃO".
Daquilo que se pode ver do interior, também se aguarda, porventura, que os elementos e as intempéries acabem de fazer o necessário para que tudo aquilo fique irrecuperável (já se vai vendo o céu, de fora para dentro, através das arruinadas janelas e dos tetos caídos).
Quanto ao 9... nem edital, nem placard.
Nada de nada. Para ali ficou, como se nada tivesse a ver com isto.
Por fim, o 65 da Rua do Arco do Cego.
Fechado. Aparentemente vazio.
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Com este texto, que se segue ao "Avenida da República (e transversais)", acabo o périplo pela Avenida da República e zona circundante.
Um passeio algo deprimente...
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Espaços Percorridos:
Avenida 5 de Outubro
Rua Alves Redol
Rua do Arco do Cego
Avenida Conde de Valbom
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Rua de Dona Filipa de Vilhena
Rua Marquês de Sá da Bandeira
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Rua Poeta Mistral
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Lx 11/09/2017 Investigando cheguei até aqui. Felizmente, contra tudo e contra todos a minha família avançou com o restauro do imóvel MSB110 onde nasceu. O processo ainda não está concluído. Terei muito gosto em efectuar uma visita guiada convosco ao imóvel da Rua Marquês de Sá da Bandeira nº110 e porque não também ao MSB112 para vos mostrar e contar a nossa História.
ResponderEliminarAtentamente
Carlos A. Miranda Albuquerque
Muito obrigado pelo seu contributo, bem como pela simpática proposta, que apenas me vejo obrigado a declinar por não se inserir no quadro descrito na 'Nota de Abertura' e no 'Âmbito e Princípios' do 'Misérias de Lisboa'. Deixo os votos sinceros de que o restauro desvirtue o menos possível as características originais.
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